Por que estamos presos?

Se você pudesse oferecer seu talento ao mundo, o que ofereceria? Creio que a maior parte das pessoas não saberia dizer... Acredite você ou não na tabula rasa, nós somos tratados como papéis em branco: o mundo é que precisa nos preencher com suas percepções e não ao contrário.

Refletindo sobre as relações de trabalho, percebo o quanto as pessoas estão presas. Elas acreditam que precisam de um trabalho para se sustentar e que possuem muito pouco a oferecer se não estiverem formadas. E mesmo aquelas que possuem um diploma, continuam presas, porque se atém a aquilo que lhe foi ensinado como se essa fosse a única riqueza que possuíssem.

Considerando minha filosofia de vida e espiritual, creio que possuímos muitos talentos a oferecer ao mundo, talentos que desconhecemos, porque fomos ensinados que não possuímos nada que seja intrínseco. E se esses talentos fossem revelados, que tipo de relações formaríamos?Como seriam as associações de trabalho? Como trataríamos nossos companheiros? Será que estaríamos, então, livres?

Continua...

posted under | 0 Comments

A repetição e a nudez.

E eu que tenho fugido tanto das repetições, me deparei com outra hoje, mais uma vez. Sempre fico sem saber o que fazer... partindo do pressuposto que atraímos tudo para nossa vida, percebo infeliz que atraí mais uma vez a mesma cena. E com os pêlos arrepiados, olho na minha frente e observo dois caminhos diferentes. Um é conhecido. Um é triste, melancólico, lamentativo e extremamente depressivo. Esse eu já conheço. Esse não tem riscos. Esse é a repetição.

O outro é novo e me deixa nua. Me deixa nua de tudo. Minha nudez mostra minha carência, meu desejo de ter alguém, meu medo de não conseguir e meu sentimento de não ser boa o suficiente. Fico nua. Nuinha. Deixo de ser a mulher segura e "bem resolvida" e viro mais uma.

Na nossa necessidade extrema de não demostrar nenhuma fraqueza, escondemos nossos maiores temores de nós mesmos, como se negando sua existência pudéssemos de alguma forma anulá-lo. Mas eu já descobri. Não dá certo.

Então, eu abro meu coração para mim mesma e, quem sabe, para o mundo e digo: eu tenho tristezas! eu tenho temores! Eu tenho carências! Eu sou humana e tenho tudo isso.

Caminho nua pela estrada nova e descubro maneiras de curar minha criança ferida, descubro novas possibilidade, deixo fluir minhas tristezas, meus sentimentos e, percebo então, que nenhum deles me pertecem. Eu os deixo fluirem e descubro que existem outros sentimentos, talvez mais sutis, talvez mais leves. Caminho nua e feliz, porque não tenho mais nada a esconder.

posted under | 2 Comments

Capacidade de sonhar

"Quer falar mal do Brasil, chame um brasileiro", já dizia meu professor de Geografia. E é verdade. Será que existe algum outro país em que os cidadãos são tão desacreditados do futuro da própria nação? Não sei dizer, mas competir com o Brasil é "parada dura".

Eu acredito no meu país e, apesar dos problemas, creio que possamos construir algo melhor no futuro. Alguns diriam que eu sou inocente demais. Será? Argumentam os sábios que já fizeram todo tipo de análise... Pensaram, refletiram, estudaram, visitaram os fatos históricos e concluiram: O Brasil não tem jeito! Todos os fatos apontam para um futuro igual ou pior do que o atual. Abaixam as cabeças resignados e voltam para as suas casas como se não houvesse mesmo nada que ninguém possa fazer para mudar tal expectativa.

Eu, do meu lado, prefiro então continuar na inocência. Prefiro pensar com o coração e permitir a mim mesma imaginar possibilidades novas e belas, ao invés de manter a mente e o coração fechados para a idéia de que nós construímos o mundo ao nosso redor de acordo com as nossas crenças internas. Já dizia uma velha sabedoria: "Se você é capaz de sonhar, então é capaz de realizar".

O que os críticos eternos não sabem é que o grande problema da humanidade é realmente a perda da inocência... É quando nós atingimos aquela idade da vida adulta em que absorvemos e aceitamos completamente a realidade ao nosso redor, seja ela boa ou ruim, e esquecemos da nossa imensa capacidade transformadora. É quando a criança interna morre e, Deus sabe, só ela é capaz de causar qualquer tipo de mudança.

Por isso, continuo caminhando com amor e esperança no coração, tentando formar um nova geração de "adultos-crianças", completamente dispostos a sonhar com um mundo melhor à despeito dos problemas... E você? Que posicionamento prefere tomar?

posted under | 2 Comments

E o perdão...

Quantas pessoas você já conheceu na vida? Quantos amigos já teve? Namorados? Romances? Inimigos? Se você é do tipo que, como eu, acredita na multiplicidade de vidas terrenas vividas por um mesmo espírito, talvez tenha tido milhares de relacionamentos. Talvez milhões.


Esquecendo os “previous”, lido apenas com os relacionamentos dessa existência. Compreendo que uma pessoa possa andar 70 anos nesse planeta sem nunca conseguir perdoar a perda de um grande amor. O que é comum na vida dos meus companheiros humanos se tornou um pesadelo na minha mente e no meu coração.

Desde que passei pela ilusão de perder um grande amigo, caminho pelos dias sem saber como lidar com os sentimentos doloridos que me acompanham. Talvez seja uma mistura de tudo o que eu me recusei a sentir junto a raiva e sentimentos de não aceitação. Dizem que amigos são pra vida toda. Então, deve ter alguma coisa errada nessa história.

Depois de inúmeras tentativas frustradas de colocar tudo em “pratos limpos”, me vi sozinha com minhas lembranças, minha dor e minha versão da história. Nada mais. E sim, é claro... o desejo de não precisar carregar essa história até o túmulo.

Foi então que fiz o improvável. Deixei que as lembranças e os sentimentos viessem à tona. Reli cartas. Revi fotos. Senti toda a raiva, saudade, medo e ressentimento que vinha me recusando a sentir por meses. E no meio do que parecia ser o caos de emoções borbulhantes, pensei comigo mesma: que vontade de perdoar... Era um sentimento tão familiar e ao mesmo tempo tão distante, semelhante a cheiros e sons que marcaram nossa infância, mas que se perderam no tempo e na memória. Deixei então que o perdão voltasse e fizesse as pazes comigo e com os outros sentimentos que me habitam.

E agora, nesse momento em que ouço música e escrevo para meus leitores, percebi que minha história de amor, amizade e separação não é um privilégio. Alguns grandes autores quando narram emocionadamente suas histórias reais e fictícias, pretendem ser únicos. Sinto ter que dizer a Romeu e Julieta, por exemplo, que igual a história deles, existem inúmeras outras. Os personagens podem não ser os mesmos. Mas os sentimentos e emoções envolvidos, esses sim... Esses são compartilhados com toda a humanidade.

E assim, ao final da tarde de hoje, resolvi retirar essa bela e emocionante história de amor do meu coração já atormentado e a escrever no Grande Livro da vida, junto com todas as outras grandes histórias. O senhor que toma conta do livro me prometeu poder revisitá-la sempre que quiser, posso inclusive ler as outras, mas deixando-a lá, poderia seguir a vida com leveza, sem precisar carregá-la por mais 70 anos. E então eu concordei. :)

posted under | 3 Comments

Quem sou eu

Minha foto
Eu Sou Gisele. Moça curiosa, meio cabeça-dura e amante da vida.

Followers


Recent Comments